quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Para Carinhos

Meu pequeno
Já está grande,
Sempre foi tão espertinho!
Pensa alto, pula tanto,
Sem limites, fica tonto,
Está tão lindo o meu sobrinho.
Aprendeu desde cedo,
Descobriu bem cedinho,
Que da verdade não se esconde,
O sol não mora atrás do monte,
Pra brilhar quando for homem,
Tem que ser bom menininho.
Se é peralta na escola,
Tem castigo, perde a bola,
E o tempo assim demora,
“É ruim ficar sozinho”.
“Tia, entra no site de jogos.”
“Tia, é filhinha ou filhinho?”
“Tia, vê se volta logo.”
“Um mês é muito, ou pouco?”
“Vê se vem cedinho.”
O pai dele tem Vitória,
Uma menina, um bebezinho,
Mas ele já está contando cada hora,
Escrevendo uma historia,
Esperando outro irmãozinho.
Internet, chiclete,
Cadernos, lápis azulzinhos,
Pés sujos de lama,
“Não pisa na cama!”
Corre na grama com seus amiguinhos.
Cartoon, Jetix, o filme do Pingüim,
Adora comer maçã, tomar guaraná
E enganar o sono pra brincadeira não ter fim.
Cansou de procurar no filme do peixinho,
Seu sonho é voar,
Mas quer ter coragem em vez de asas,
'Como é diferente essa criançada!'
Nem bem tirou a fralda, quer fazer tudo sozinho.
O pai é tudo.
Vô Cal barbudo.
Vó Ilna manda em todo mundo.
Tia Desa vai ter um nenenzinho.
Ele é tão inteligente,
Um pingo de gente,
Sempre sorridente,
Te amo pra sempre,
Meu querido sobrinho,
Meu amigo
Carlinhos.